segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quanto custa colecionar Disney?



Essa matéria “começou” de um modo inusitado. Ao ver um anúncio no ML com a coleção completa de Pato Donald a mais de R$ 100.000,00, comentei com minha esposa, que me perguntou imediatamente: vc já tem uma pequena fortuna em gibis? Eu chutei um valor lá pra ela e depois me toquei que talvez tenha muito mais... pensei então em tentar trazer algumas informações sobre o valor gasto pelos colecionadores em gibis, ao longo do tempo. 

Assim, comecei esse meu “estudo” analisando o quanto um colecionador gastou em quadrinhos Disney pela Abril, nos últimos 04 anos. Os resultados mostram a evolução desses quadrinhos, e confesso que não me surpreenderam. 

Considerando apenas os quadrinhos tradicionais da Abril, vê-se um claro aumento no número de títulos e totais gasto a cada ano, evidenciando a evolução da linha no último quadriênio. Os números apresentados para 2012 são equivalentes ao mínimo já confirmado (Essencial Disney, especiais até Disney Futebol 2012, Mega Disney e Disney Jumbo #2), considerando que as linhas já existentes (6 mensais, almanaques bimestrais e semestrais, Disney big e férias/extras, além do Natal Disney de Ouro) não sejam canceladas.


 

 

Dividi então as revistas Disney em 07 grupos para tentar evidenciar que grupos mais contribuem para depenar o preço do consumidor. São eles:

1 – Tijolos – Revistas grandes de republicações – Disney Big, Mega Disney e Disney Jumbo.
2 – Mensais – As 6 mensais existentes mais Aventuras Disney.
3 – Almanaques
4 – Férias/Extras
5 – Especiais e temáticos – Incluem-se nesse grupo Natal Disney de Ouro, especiais de personagens (Escoteiros mirins, Superpato, Donald Duplo), especiais comemorativos (Paul Murry) e especiais temáticos (Disney Futebol 2012, A História de Patópolis), incluindo minisséries (Disney Gol), dentre outros (Epic Mickey).
6 – Coleções especiais – Inclui coleções com muitos volumes. Nestes 5 anos tiveram essa característica PFH, CLD, OMD e Essencial Disney.
7 – Extintas não mensais – Revistas que tinham periodicidade definida e não se enquadravam em nenhuma das categorias acima, tendo sido canceladas. Até o momento, tem-se nessa categoria Minnie Pocket Love, Pura Risada e Disney Gigante.

O gráfico abaixo mostra o preço por ano de cada grupo, permitindo que o leitor possa concluir algumas coisas:



                a)  Há um incremento na linha de gibis grandes com republicações, que, devido ao baixo custo de produção, pode trazer um lucro significativo. Esse lucro pode ajudar a editora a subsidiar outros lançamentos. 

               b)  Baseado no sucesso de CLD, o ano de 2011 trouxe o mesmo montante de gasto em coleção especial ao consumidor.  Apenas no primeiro semestre de 2012, o gasto nesse tipo de material atinge 2/3 do gasto em 2011. Deve vir mais por aí.

               c) Depois de uma curva descendente entre 2008 e 2010, devido ao cancelamento de Aventuras Disney em meados de 2009, o número de mensais vem subindo, com a inserção de Pateta e Minnie. Tá faltando a assinatura delas...

               d) Em 2010 e 2011 a Abril tentou introduzir novas revistas, que não vingaram. Desde o primeiro semestre de 2011 o pensamento parece ser outro, e “revistas teste” tiveram seu espaço reduzido. Aparentemente, as novas mensais e os almanaques foram considerados como investimentos mais rentáveis pelos responsáveis pela linha.

           e) Os almanaques já correspondem a um certo montante de gastos do consumidor, e tendem a contribuir mais em 2012. Caso não haja aumento ou cancelamento, quase R$ 200,00 podem ser gastos com esse grupo, que traz material de alta qualidade a um preço bem legal. Talvez já caiba uma assinatura...

          f) Os especiais, que começaram em 2009 mas ficaram em stand by no ano de 2010, devido ao lançamento de CLD, foram bem retomados em 2011, e, em uma previsão realista, em 2012 devem alcançar um patamar maior em termos de peso no total de quadrinhos Disney lançado durante o ano.

Em 2011, a distribuição de quadrinhos por grupo (em termos de preço) foi a seguinte:

 

Em 2011, a distribuição de quadrinhos por grupo (em termos de número de edições) foi a seguinte:


Os gráficos mostram que os grupos de coleções e mensais, em 2011, tiveram um valor equivalente a 60% do valor total da linha. Em termos de números de edições, os dois grupos juntos mantiveram um percentual alto, de 62%. Assim, dos R$ 850,60 que a linha lançou em 2011, R$ 505,40 foram através desses dois grupos, que totalizaram 92 das 148 edições lançadas no ano.

Os almanaques, especiais temáticos e republicações corresponderam a pouco mais de 10% da linha (em termos de preço) cada.

Um outro dado interessante é o peso, em número de edições, daqueles grupos com preço baixo. O grupo de férias e extras, com revistas de R$ 1,95, equivaleram a 10,8% das edições lançadas no ano. Assim, aproximadamente 1 a cada 10 gibis Disney lançados pela Abril tem um custo bastante baixo, o que contribui para o aumento de leitores eventuais, principalmente crianças.

Os grupos de mensais e almanaques são outras com preço baixo: R$ 3,34 e R$ 4,95 por edição, aproximadamente. Juntos, esses três grupos correspondem a 2/3 do número de edições lançadas no ano (100 de 148).

Para aquele consumidor que prefere muitas páginas por um preço mais justo, o grupo que denominei “tijolos” supre essa demanda. As revistas Disney Big e Disney Jumbo, com suas mais de 2.000 páginas lançadas em 2011, saem a um preço bem convidativo, com um preço que varia de 3 a 4 centavos de reais por página. Um outro lançamento da Abril, já em 2012, é Mega Disney, que terá 800 pgs de quadrinhos a R$ 19,95 (custo de 2,5 centavos por página).

Trarei futuramente um estudo mais elaborado sobre isso, mas para se comparar, a linha Disney tem revistas com preços que variam de 2,5 até 10 centavos por página.

Pois bem, considerando apenas a Abril, um colecionador que comprou tudo que saiu apenas da linha tradicional (sem Pixar, que será analisada em outro post) gastou R$ 2.182,45 entre 2008 e 2011. Muito dinheiro, pouco dinheiro, o que os fãs acham?

Considerando apenas o que já está confirmado, o consumidor gastaria, em 2012, R$ 789,25. Isso já equivale a 93% do que foi gasto em 2011. 

Vamos a uma breve simulação: os grupos de almanaques, mensais e tijolos farão o consumidor gastar R$ 131,70 a mais, NO MÍNIMO, em relação a 2011. Desconsiderando R$ 30,85 das extintas em 2011, e considerando o mesmo gasto em especiais, coleções e férias/extras de 2011, teríamos que gastar R$ 951,45 em 2012. Ora, nessa simulação teríamos apenas R$ 98,50 a gastar com coleções e R$ 63,70 com especiais no segundo semestre. Isso parece pouco perto do que esses grupos parecem ter para oferecer esse ano, de acordo com entrevistas do editor, Paulo Maffia, no fim de 2011 e início de 2012.

A meu ver, só uma coisa pode nos tirar a chance de poder comprar R$ 1.000,00 em 2012 apenas na linha de quadrinhos tradicionais Disney lançada pela Abril: a SETORIZAÇÃO, que já está fazendo as vendas caírem... mas isso é assunto pra outro post.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A evolução dos quadrinhos Disney no Brasil ( 2008-2012) - Parte 2


A evolução dos quadrinhos Disney no Brasil ( 2008-2012)
Parte 02 – OS DADOS

                A impressão que se tem é que o mercado realmente mudou, e que os quadrinhos Disney estão mais presentes às bancas e às nossas coleções. Mas, quantitativamente, o que mudou? Temos mais páginas, mais inéditas, mais republicações, mais gibis? E aquela história de rerererererererererepublicações, bate ou não?
                Os dados aqui apresentados foram contabilizados a partir das informações do banco de dados Inducks. Tentou-se contabilizar todas as páginas de quadrinhos Disney publicadas pela Abril nesses 04 anos de estudo, sempre buscando estabelecer uma comparação entre inéditas e republicações.
O foco é nos personagens tradicionais, mas também se incluiu na análise as revistas de quadrinizações da Pixar lançadas pela editora em 2011: Toy Story, Carros e Os Incriveis, além do especial Piratas do Caribe.
                Ainda fazemos uma breve comparação de dados quando se inclui as 3 linhas que a Editora On Line lançou em 2010 e 2011: Disney Cinema em Quadrinhos, Disney Filmes Clássicos em Quadrinhos e Disney Filmes em Quadrinhos (incluindo seus três especiais).
                Deu-se quatro diferentes enfoque à análise:
  1. A relação entre inéditas e republicações em 2011. 
  2. A variação dos totais publicados, inéditas e republicações no período 2008-2011. 
  3. O peso das coleções especiais nas publicações Disney brasileiras.
  4. O peso das mensais
Antes de apresentar os resultados, eu apresento as considerações que foram feitas na contabilização de páginas:

                - Mensais: Considerou-se 50 páginas de quadrinhos inéditos mensais para Pateta, Minnie, Pato Donald e Mickey e 80 para Tio Patinhas, além de 50 de republicações para Zé Carioca. Para as mensais, eu não verifiquei edição por edição se eram, por exemplo, 48 ou 52 páginas de quadrinhos, como já aconteceu em algumas revistas.

- Disney BIG, Férias e Extras: Considerou-se 300 páginas de republicações por edição de Big e 30 de Férias e Extras.

- Almanaques: Considerou-se 80 páginas de republicação por edição.
- CLD, Disney GOL, Minnie Pocket Love, Pura Risada, Disney Gigante, Donald Duplo, Epic Mickey e demais especiais:  Contabilizou-se quantas páginas realmente tinha de inéditas e republicações em cada edição.

- Disney Jumbo e Natal Disney de Ouro: Contabilizou-se quantas páginas realmente em cada edição, todas republicadas.

- Pateta faz História : Contabilizou-se quantas páginas realmente tinha de inéditas e republicações em cada edição. Aquelas histórias que tinham saído apenas em inglês no Brasil (com encarte preto e branco com tradução) foram consideradas INÉDITAS.

- Edições da On Line : Contabilizou-se apenas o número de páginas das HQs. Quando não se tinha essa informação no Inducks considerou-se 44 páginas. Todas as HQs eram inéditas.

                Alguém tem idéia de qual a relação entre inéditas e republicações em nossos gibis ultimamente? Alguém sabe como isso vem mudando com o tempo? Qual o peso das coleções CLD e PFH nessa relação? E das mensais? Isso e muito mais é discutido a partir de agora, com os resultados do estudo.


Enfoque 01 – O ano de 2011

                Em 2011, a editora Abril publicou cerca de 12.500 páginas de quadrinhos Disney “tradicionais”, ou seja, aqueles que saem comumente nas mensais, Big e demais revistas, o que exclui aquelas revistas especiais publicadas relacionadas à Pixar e a Piratas do Caribe.
                Excluindo, em um primeiro momento, as edições Disney Big e Disney Jumbo, que trouxeram 2.008 páginas de republicações, temos um resultado que a princípio parece surpreendente: as inéditas respondem por 54,2% das páginas publicadas (5.680) contra 45,8% de republicações (4.797), uma diferença de 883 páginas, valor próximo a todas as páginas publicadas em Tio Patinhas no ano (960).
                Ao se incluir Disney Big e Disney Jumbo na lista, perfazemos um total de quase 12.500 páginas de quadrinhos tradicionais publicadas pela Abril em 2011. As republicações agora responderiam por 54,4% das páginas (6.797, mais de 1.100 páginas que as inéditas).
                Juntando os dados de Piratas do Caribe, Toy Story, Os Incríveis e Carros, tem-se ainda um total de republicações maior (6.797 x 6.030 páginas). No total, a Abril então publicou, nas edições estudadas, 12.835 páginas de quadrinhos em 2011, com 53% delas sendo de republicações.
                Ao incluir no estudo os dados da On Line editora e suas quadrinizações, tem-se um total de 13.709 páginas, e uma “surpresa”: SAIU MAIS COISA INÉDITA QUE REPUBLICADA em 2011!!! O total de inéditas passa a ser de 6.904 páginas (50,4%), contra 6.797 de republicações.



O gráfico apresentado mostra os números da pesquisa. Denominou-se “Trad1” as tradicionais sem DB e DJ, “Trad2” todas as tradicionais Abril, “Abril” a junção de tradicionais com Pixar e outras e “Abril + On Line” a inclusão de revistas da On Line à análise da Abril.


Enfoque 02 – Inéditas x Republicações no período 2008-2011

                Consolidando os dados apenas das revistas “tradicionais”, tem-se, como apresentado, que as republicações corresponderam a 54,4% das páginas publicadas pela Abril em 2011, graças, em especial, à grande contribuição de DB e DJ a esse total.
                No ano de 2010, porém, as inéditas corresponderam a 51,5% das páginas, graças, em especial, à coleção Clássicos da Literatura Disney (CLD), que será enfocada no próximo tópico. O total de páginas inéditas em 2011, porém, é maior que em 2010 (5.680 x 5.271), um acréscimo um pouco maior que 7%. Com relação às republicações a evolução é bem visível: 6.797 x 4.958 páginas, um acréscimo de 37% em relação a 2010. No total, em 2011 foram publicadas 22% a mais de páginas pela Abril que em 2010 (12.485 x 10.229).
                Em relação aos números de 2009 a evolução é bem mais assustadora: no citado ano, praticamente metade das 5.195 páginas foram de inéditas. Com relação às inéditas, a evolução de 2009 a 2011 foi de 118% a mais de páginas publicadas. No total, o acréscimo foi de 140% (12.485 x 5.195).


 Pode-se dizer que a editora tem valorizado mais as republicações e negligenciando as inéditas em 2011, com relação a 2010? O acréscimo de um pouco mais de 400 páginas de inéditas, e em contrapartida um aumento de quase 1.900 de republicações, é bom?
Tudo tem uma resposta: depende.
O acréscimo da linha de almanaques aos quadrinhos Disney regulares valorizou as republicações sim, mas republicações clássicas, de ótima qualidade. Além disso, DB está cada vez mais tentando trazer HQs mais históricas, fazendo com que mesmo as republicações sejam maravilhosas opções de leitura.
Em contrapartida, o acréscimo aparentemente pequeno de inéditas em 2011 se deve ao fato da coleção CLD, que foi publicada 75% em 2010, trazer muitas HQs nunca antes lidas no Brasil, o que fez com que o número de inéditas em 2010 fosse estupendo. Essas informações serão analisadas no terceiro enfoque, que trata da importância das séries especiais como PFH e CLD.


Enfoque 03 – O peso das coleções especiais

                Após o fim de “O Melhor da Disney – As obras completas de Carl Barks”, em 2008, a Abril descansou um pouco desse tipo de coleção em 2009 e voltou com tudo em 2010, apresentando Clássicos da Literatura Disney (finalizada em 2011). Em 2011, foi a vez de Pateta faz História.
                O questionamento que se faz é: o que essas coleções agregam para os fãs Disney, com relação ao total de HQs publicadas em um ano? E mais, será que boa parte das inéditas em determinado ano vem delas? A resposta é um sonoro SIM!!!
Apresento primeiro o gráfico de totais publicados nas coleções estudadas (OMD em 2008, CLD em 2010 e CLD e PFH em 2011) em relação às outras publicações (denominadas “regulares e edições especiais”, para deixar claro que contempla todas as outras revistas publicadas no ano.


                               
A partir das informações do gráfico acima vê-se que em 208 a coleção OMD, em sua fase final, correspondeu a 26,4% das páginas publicadas naquele ano, total próximo ao do ano que passou, 2011, quando PFH e CLD foram responsáveis por 25,8% das páginas publicadas. O número em 2010 é ainda mais assustador, e pode-se dizer que foi crucial para a boa retomada dos quadrinhos Disney no Brasil: 42,3% das páginas publicadas estiveram nessa coleção!!!
E com relação às inéditas, isso é o que vale, diriam alguns... Vejamos o gráfico a seguir então:


               
Uma olhada rápida no gráfico nos permite tirar muitas conclusões, não é caro amigo? A fase final de OMD correspondeu a apenas 4% das inéditas de 2008, mas CLD trouxe simplesmente 54% das inéditas de 2010, ou seja, se não fosse essa coleção teríamos menos da metade de inéditas (páginas) publicadas em 2010. Em 2012, 31% das inéditas vieram de coleções desse tipo (PFH e CLD).
Um último adendo ao estudo é mostrar o peso das mensais nas inéditas de determinado ano, afinal, são as mensais, a meu ver, que precisam ser o reflexo de qualquer análise a fim de avaliar se o mercado Disney é estável e lucrativo, e por isso, o fortalecimento delas é necessário.


Enfoque 04 – O peso das mensais

                As mensais, pode-se dizer, são as revistas mais importantes no portfólio de publicações Disney no Brasil, afinal, seja em período de baixa seja em período de alta elas refletem, ao diminuir ou aumentar preço/número de títulos/qtd de páginas, aquele momento que os quadrinhos Disney vivem.
                Claro que a análise das mensais não é algo tão simples. O que é melhor? 10 mensais representarem 15% das inéditas publicadas em determinado ano ou 2 mensais representarem 85% desse total? Depende do ponto de vista, mas eu fico com a primeira opção. Por ser bem subjetivo, praticamente apenas levantarei e apresentarei os dados, sem entrar em muitos méritos.
                Usei então os mesmos gráficos do enfoque 03, porém individualizando as mensais, para tentar perceber qual a influência delas nas inéditas de determinado ano.



As inéditas, que aumentam desde 2009 (2.598 páginas em 2009, 5271 em 2010 e 5680 em 2011), vêm sendo fortalecidas com a produção de séries especiais (PFH e CLD) e a publicação de especiais como Disney Gol, Donald Duplo e Disney Gigante, dentre outros. Porém, uma grande parcela das inéditas em um ano são provenientes dessas revistas regulares, o que é algo muito bom.
No gráfico se percebe que a cada ano aumenta o número de especiais com inéditas, o que é ótimo. Além disso, o ano de 2011 publicou um número de páginas inéditas nas mensais recorde no período, com o lançamento dos títulos Disney e Pateta, que melhoraram a estatística em relação a 2010, ano em que, com o cancelamento de AVD em 2009, as inéditas apareceram mais em CLD que nas mensais.
O número de inéditas provenientes das mensais foi de mais de 95% em 2008 (alguns especiais trouxeram inéditas) e 2009 (apenas OMD trouxe inéditas além das mensais) e de 41% em 2010 (influência do cancelamento de AVD e lançamendo de CLD) e 50,4% em 2011 (resultado do fortalecimento das mensais, já que houve muitos especiais também com inéditas).
 
              
Conclusão 
Ao fim do enfoque 02 eu trouxe uma breve análise do que acho: mesmo que às vezes pareça que as inéditas não estão sendo incrementadas no ritmo das republicações (até por terem um custo de publicação aparentemente maior), a evolução da publicação desse tipo de HQ é visível.
Além disso, as republicações apresentadas em 2011, por exemplo, são bem melhores, a meu ver, que aquelas de 2008 e 2009, e mesmo as linhas Disney Extra E Disney Férias têm trazido HQs maiores.
As mensais ainda contam, como se viu, com uma carga importante de participação nas inéditas publicadas em um ano, mesmo que surjam outras opções fantásticas para a publicação dessa linha de HQs, como os especiais como Donald Duplo e Disney Gol e as coleções semanais.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A evolução dos quadrinhos Disney no Brasil (2008-2012) - Parte 1,5

Durante esses 5 anos, destaco os seguintes blogs, sites e colegas, que com certeza contribuíram muito para a evolução das HQs Disney no Brasil:

Planetagibi Blog - www.planetagibi.net - O blog, de Edenilson Rodrigues e Rivaldo Ribeiro, traz sempre informações atualizadas e matérias especiais sobre o mundo dos quadrinhos, com um destaque especial para Disney. O blog surgiu em março de 2009, e em matéria de Disney traz séries especiais, como os “60 anos bem contados”: http://www.planetagibi.net/search/label/PD60%20Anos . Vale a pena dar uma olhada, sempre.

Universo Disney e Universo Disney 2.0 - http://ludy-quadrinhosdisney.blogspot.com/ -  O blog, do amigo Luiz, entrou no ar em 2009, sempre com matérias apaixonadas onde retrata seu carinho pelos gibis Disney. A segunda edição do blog estreou em 2011.

Blog do Paulo Gibi - http://paulogibi.blogspot.com/    - O amigo Paulo Gibi sempre apresenta as últimas novidades de diversos quadrinhos, dando a sua opinião e resenhando sobre as principais edições.

Socializando - http://socializando2009.blogspot.com/ - Fabiano Caldeira está sempre de olho nas últimas novidades e analisa também os quadrinhos Disney, com ótimas resenhas sobre edições lidas e muito mais.

Edição Extra - http://edicaoextrablog.blogspot.com/ - Matheus Guarany tem um blog bem promissor e legal, mas que infelizmente não foi atualizado nos últimos 9 meses. Destaque para o contato do autor com Don Rosa e a série sobre revistas estrangeiras.

A Patranha - http://apatranhabr.blogspot.com/ - Denis Rodrigues Jr também não atualiza o blog há um certo tempo, blog este que sempre contou com matérias bem legais, como seu top 5 de super-herois Disney.

Submundo HQ - http://submundo-hq.blogspot.com/ - Leo é publicitário e, motivado por vários colegas nas redes sociais, criou esse blog para falar de quadrinhos de (quase) todas as editoras e estilos.

Portallos www.portallos.com – O site, coordenado por Thiago Machuca, que coordena também o fórum Calisota, apresenta diversas matérias sobre os quadrinhos. Havia uma série muito boa denominada Patópolis em Quadrinhos, que será respostada em breve na nova versão do site, o Portallos Exp, que está no ar há pouco tempo.

Fernando Ventura – Fernando tem vários blogs:  http://disneymadeinbrazil.blogspot.com/ , http://inducks.blogspot.com/ e http://fernandoventura.vox.com/, além de ser um dos coordenadores do banco de dados do Inducks no Brasil, juntamente a Arthur Faria Jr. É, ainda, free-lancer para a Egmont, colore histórias para a Abril e é coordenador do projeto que visa a volta da produção nacional de quadrinhos Disney.

Grupo Esquiloscanshttp://blogdosesquilos.blogspot.com/ e www.esquiloscans.com.br .  O grupo, criado em 2004, é composto por uma série de amantes Disney, de todas as idades, que visa preservar a memória dos quadrinhos Disney. Hoje o grupo conta com um acervo de quase 15.000 revistas Disney, de todas as épocas e países.

Site Paperserahttp://www.papersera.net/vilaxurupita/bdc.htm Site com capas de praticamente todas as revistas Disney no Brasil. Ideal para colecionadores ou curiosos.

Portal Inducks  – http://coa.inducks.org/index.php .  O Inducks (International Network of Disney Universe Comic Knowers and Sources),  criado em 1994, é a base de dados virtual que objetiva catalogar todas as publicações e HQs Disney no mundo. No Brasil, o projeto é coordenado por Arthur Faria Jr e Fernando Ventura e utilizado comumente pela própria editora Abril para creditar as HQs publicadas.


Fórum Calisotahttp://calisota.forumeiros.com - O fórum entrou em funcionamento no fim de 2011, substituindo o antigo projetoinducks. Diariamente são travadas discussões sobre os temas mais relevantes nos quadrinhos Disney, do Brasil e no mundo. Vale a pena conferir!

Comunidade Quadrinhos Disney no Orkut –   http://www.orkut.com.br/Main#Community ?cmm=419467 - A comunidade já é antiga, mas ainda atrai muitos participantes., que diariamente discutem sobre as HQs Disney. Vale acompanhar as opiniões lá emitidas nos últimos anos.

A evolução dos quadrinhos Disney no Brasil (2008-2012) - Parte 1

Parte 01 – OS FATOS

Era junho de 2008. Depois de ter ensaiado uma retomada do colecionismo e leitura de quadrinhos Disney em 2004, comprando algumas edições antigas de almanaques e especiais, eu fui analisar a situação atual dos quadrinhos Disney no Brasil, títulos disponíveis e possibilidades de assinatura.
Entrei então no site da abriljovem e outros e tive uma grande decepção: tínhamos 5 títulos mensais regulares em banca (Tio Patinhas, Mickey, Donald, Zé Carioca e Aventuras Disney). Além deles, tínhamos a coleção O Melhor da Disney – Obras completas de Carl Barks, uma iniciativa louvável, fantástica e excepcional, dentre tantas outras palavras que podem descrever essa coleção, que se encerraria em outubro daquele ano.
Fazendo um adendo, eu tinha comprado parte dos volumes de OMD em 2007, assim como a outra a meu ver excelente coleção, que infelizmente teve uma vendagem bem baixa: Mestres Disney. Tinha adquirido também A Saga do Tio Patinhas, de 2007.
Voltando a 2008, mês de junho mais precisamente, percebi que tínhamos uma tiragem reduzida dos gibis mensais, com distribuição setorizada e que várias tentativas anteriores de emplacar títulos de personagens “menores” nas bancas tinham sido canceladas (Urtigão, Pluto, Sobrinhos do Donald, Margarida, Peninha, Pateta e Minnie, essa a mais duradoura e que chegou a chegar na fase que chamarei de “fase das inéditas”.
Vi ainda que várias outras tentativas anteriores da editora não tinham dado certo. Para exemplificar, alguns títulos da década que a meu ver eram muito bons mas não vingaram foram: Pato Donald Extra (2 ed. – 2005), Mickey X e Donald Super (2 ed. – 2003), Grandes Aventuras Disney (1 ed. – 2003) e Novo Disney Especial (13 ed. – 2001 a 2004).
Em 2005, as mensais iniciaram a fase que chamo de “fase das inéditas”. Uma mudança editorial “matou” alguns título, lançou Aventuras Disney, com 80 páginas mesclando republicações e inéditas, e  “reformou” Tio Patinhas (80 pgs), Zé Carioca (50 pgs), Mickey (50 pgs) e Pato Donald (50 pgs), que mantiveram apenas HQs inéditas. Minnie também foi mudada para este formato, mas logo foi cancelada, em 2006.
A distribuição ainda era péssima. Eu morava em Maceió na época e simplesmente não havia QUALQUER gibi Disney na banca. Até OMD era difícil de achar! Para os estados “de fora do eixo” havia edições duplas de 3, 4 meses atrás (ou mais) ao preço equivalente ao preço de capa de uma edição, porém esses pacotes eram raríssimos no meu estado.
Imaginem a situação que eu me encontrava: queria ler gibis Disney atuais, mas não conseguia comprá-los nem nas bancas de minha cidade nem na loja da editora ou outros sites virtuais. Tinha que recorrer ao ML, e, por sorte, em uma das compras me deparei com um grande vendedor, que por algum motivo conseguia me vender gibis que ainda não estavam nas bancas a 50% do preço de capa e frete por sedex grátis. Desta forma, comprei 90% dos gibis da “fase das inéditas” dos gibis regulares e completei as coleções de AVD e OMD.
Mesmo na internet eram poucos os canais em que podíamos entrar em contato com verdadeiros fãs Disney. No início da década havia a comunidade “Quadrinhos Disney” no Orkut, do artista Fernando Ventura, havia também um grupo de discussão no Yahoo, gerenciado pelo Paulo Ricardo Montenegro (responsável pelo site gibihouse (http://www.gibihouse.xpg.com.br/) e contribuinte do fórum gibihouse (http://gibihouse.forumeiros.com/f44-mestres-disney)) e outras iniciativas bem pontuais.
Aos poucos, outros colegas foram criando blogs e apresentando matérias e curiosidades sobre os quadrinhos Disney, que contribuíram e muito para a retomada do gosto do público por esse tipo de leitura. No fim da matéria são apresentados alguns dos blogs que, a editora agradecendo ou não, com certeza contribuíram para despertar a curiosidade de milhares de pessoas pelos quadrinhos Disney.
Voltando ao histórico de evolução das HQS na década, no fim de 2008, de uma maneira bem discreta, surgiu Disney Big, pensada como edição única, trazendo histórias do denominado “arquivo digital” da Abril, ou seja, histórias que já haviam sido recoloridas digitalmente e publicadas há pouco no Brasil. Com 300 páginas a um preço de R$ 12,95, o gibi foi um sucesso, e em 2011 se tornou bimestral, entrando inclusive no pacote de assinaturas de quadrinhos Disney.
Ainda em dezembro de 2008 foram lançadas as edições de Férias (originalmente PD, ZC, Mickey e TP), gibis com 32 páginas e custando R$ 1,95, daquele tipo que a mãe entra com a criança na banca de revista e compra numa boa, por serem baratinhas, estimulando seu filho a ler. Na leva #2 dessas revistas estreou Pateta Férias, e após 3 edições ZC Férias foi descontinuado.
Em setembro de 2009 estrearam as edições Disney Extra!. Da mesma forma que Disney Férias, as edições Extra também foram um sucesso, e contavam com TP, Mickey, ZC e PD em revistinhas de R$ 1,95 e 32 páginas.
Havia um lançamento programado para o início de 2009, Gibiteca Disney, que foi cancelado, talvez tendo sido substituído por Disney Big. Ainda na onda de cancelamentos, em agosto Aventuras Disney foi descontinuada, depois de 48 edições e da publicação de sagas épicas, como “Mágicos de Mickey”, “Dragonlords” e “Donald Duplo”, além da comemoração de aniversários.
Quando muitos pensaram que estávamos no fim do mundo, ops, dos quadrinhos Disney, eis que aparecem vários especiais. O ano de 2009 marcou a republicação de “A História e Glória da Dinastia Pato”, em 2 volumes imperdíveis em formato americano. Houve ainda a retomada de publicações especiais em volume único, com capa cartonada, lombada quadrada e papel offset, com “DuckTales – a Odisséia de Ouro”, “Superpato 40 anos” e “As Grandes Aventuras de Mickey”, esse homenageando os 20 anos da morte de Paul Murry.
Em 2010, os fãs queriam algum tipo de homenagem, uma edição especial em comemoração aos 60 anos do gibi do Pato Donald no Brasil. A edição especial não veio... veio uma coleção, com 40 volumes!!! Clássicos da Literatura Disney parece ter sido um sucesso absoluto de vendas, o que fez a Abril lançar coleções no mesmo formato nos anos subseqüentes. Chegaremos lá...
Ainda em 2010, houve o ressurgimento de um dos melhores gibis Disney: Natal Disney de Ouro, só com republicações. No fim do ano, foram lançados 10 almanaques, aparentemente com o intuito de testar o mercado desse tipo de publicação. Com uma seleção bem legal de histórias, porém com muitos problemas físicos (capa e páginas descolando), as revistas, de 84 pgs, passaram no teste, e foram anunciadas como bimestrais (TP, ZC, PD e Mickey) e semestrais (Margarida, Pluto, Peninha, Pateta, Super-herois e Prof. Pardal) a partir do meio de 2011.
Fechando 2010 com chave de ouro, foi anunciada talvez a melhor das novidades desses 5 anos: a volta da assinatura dos quadrinhos Disney no Brasil.
Duas revistas ainda apareceram em 2010 e 2011, mas não fizeram tanto sucesso: Minnie Pocket Love (164 pgs, 12,5 x 18,5 cm, R$ 7,95) e Pura Risada com o Mickey (68 pgs, 17 x 26 cm, R$ 7,95) não emplacaram e foram canceladas após 3 edições.
Uma outra editora apresentou edições maravilhosas em 2010 e 2011 também. A On Line Editora apresentou três maravilhosas coleções com os clássicos Disney em quadrinhos, que retrataram, no total, 43 adaptações de produções Disney do cinema para os quadrinhos.
Em 2011, mais edições novas, muitos acertos e alguns erros. Tivemos nesse ano:

Epic Mickey – Edição especial de 132 páginas, formato 19 x 25,5 cm e com capa cartonada, que custou R$ 14,95. Nessa edição, um encontro de Mickey com o coalho Oswald. Edição simplesmente tocante, com acabamento bem legal.

Disney Gigante – Edição em preto e branco, de com 240 páginas, formato 21 x 30 cm e preço de R$ 14,95, que parece não ter agradado aos fãs, já que foi cancelada e era prevista como semestral. As histórias, porém, foram maravilhosas, retratando o dia a dia de grandes bandidos de Patópolis.

Coleção Disney Gol – 4 edições quinzenais, de 164 páginas a R$ 8,95, com HQs de futebol e textos em comemoração à Copa América. Parece ter sido um sucesso, já que a Abril planeja uma série nos mesmos moldes referente às Olimpiadas de Londres/2012.

As Novas Aventuras de Donald Duplo – 2 edições, com 160 páginas e preço de R$ 9,95, que complementaram as primeiras aventuras do agente secreto, publicadas em Aventuras Disney.

Escoteiros Mirins - Sempre Alerta – Para comemorar os 60 anos dos Escoteiros Mirins, a Abril lançou uma edição especial, com mais de 200 páginas e uma capa pra lá de especial, a R$ 12,95. Na análise de pontos positivos e negativos analisarei essa edição.

Disney Jumbo – Para finalizar o ano com chave de ouro, Disney Jumbo chegou trazendo uma seleção de histórias de várias escolas e períodos, em suas mais de 500 páginas, a um preço camarada de R$ 15,95.

Ainda em 2011, uma coleção bem especial: pela primeira vez, todas as HQs de Pateta faz História são publicadas no Brasil, nos moldes da coleção CLD, em 20 volumes.
Junto às edições especiais, houve um fortalecimento das edições mensais, com o surgimento de Pateta e Minnie, ambas com 50 páginas e no mesmo formato de Mickey e Pato Donald. Além disso, Disney Big, conforme já dito, virou bimestral e entrou em um dos pacotes de assinatura, os almanaques começaram a sair regularmente e Natal Disney de Ouro teve a segunda edição nessa nova fase.
Na linha de adaptações e revistas da Pixar, tivemos ainda o lançamento de Piratas Do Caribe Navegando em Águas Extremas, em edição única, e edições duplas de adaptações de Toy Story, Carros e Os Incríveis.
Para 2012, as notícias são as melhores possíveis. Em entrevista ao programa HQ & Cia, da AllTV, o editor das HQs Disney no Brasil, Paulo Maffia, sinalizou várias novidades, algumas já confirmadas inclusive. São elas:

Walt Disney Apresenta – Esse título será bimestral e mesclará edições com conteúdo inédito e edições com republicações. Já estão confirmados para 2012 as seguintes edições: A História de Patópolis, Pateta Repórter, A Patada, Sir Lock Holmes, Donald Duplo e Mickey e as Crônicas do Planeta T. Simplesmente imperdível!!!

 Essencial Disney – Começando em março, essa coleção é inspirada na espanhola Série Oro (http://coa.inducks.org/publication.php?c=es/SO), e trará edições de 100 páginas temáticas, em volumes como “Donald e seu Carro 313” e “Tio Patinhas versus Patacôncio”. Também imperdível!!! 

Disney Olímpico e Coleção As Origens – Para comemorar as olimpíadas deve rolar uma coleção nos moldes de Disney Gol. Além disso, é planejada uma série com a origem de diferentes personagens Disney. Imperdível (também)!!!

Zé Carioca – Maffia confirmou ainda que a volta de histórias inéditas do Zé produzidas no Brasil DEVE acontecer em 2012.

Enfim, é impossível negar a evolução, já que ela é visível. No próximo post eu trarei números que comprovam como tudo mudou... pra melhor!



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grandes personagens Disney: Horácio e Clarabela

Matéria escrita originalmente para o site www.esquiloscans.com.br, por mim. Algumas atualizações, principalmente a inserção de figuras, será feita aqui.



  1. Personagens: Horácio e Clarabela

  1. Nomes Originais: Horace Horsecollar e Clarabelle Cow

  1. Criador: Walt Disney e Ub Iwerks

  1. Origem: 1928 (Clarabela) e 1929 (Horácio)




  1. Estréia nos quadrinhos:

“Death Valley”, composta de 149 tiras diárias publicada nos jornais dos estados Unidos em 1930. O roteiro da história é de Floyd Gottfredson e de Walt Disney.
No Brasil, essa história foi publicada apenas na revista Mestres Disney #3, de 2005, especial sobre Gottfredson, como uma aventura de 44 páginas denominada “O Vale da Morte”.

  1. História dos personagens:

            Clarabela e Horácio foram criados por Walt Disney, surgindo nos desenhos animados do Mickey na década de 20. Clarabela estreou em “Plane Crazy”, de 1928 e Horácio em “The Plow Boy”, de 1929.
         Horácio estreou como um simples cavalo que fazia o arado de Mickey. Porém, em uma cena do cartoon dançou em duas patas. A partir do cartoon seguinte, “The Jazz Fool”, já aparece antropomorfizado.
           Nos quadrinhos Disney, Horácio e Clarabela foram dois dos principais personagens criados logo na primeira história de Gottfredson, em 1930, segunda história em tiras do Mickey.
Foram personagens com bastante destaque no universo do ratinho especialmente em sua “infância”, aparecendo em quinze das suas primeiras vinte histórias.
Os personagens estrearam nas páginas dominicais dos jornais americanos em 1933, em “O Covil do Lobo Rosnaldo” (The Lair of Wolf Barker), publicada no Brasil em Álbuns Disney #3, de 1990.
Nas páginas brasileiras, Horácio e Clarabela estrearam em “Dippy contra O Encapuçado” (Villain of the Victory Garden), com desenho de Ken Hultgren e roteiros desconhecidos. A história foi publicada na revista O Pato Donald #6, de 1950.
Clarabela aparece bem mais nos gibis Disney que o Horácio. Até o início 2010, segundo o banco de dados Inducks, apenas 26 histórias foram criadas nos estúdios brasileiros envolvendo o Horácio. Já Clarabela está mais presente nas produções tupiniquins: 96 edições. O fato que explica isso é porque Clarabela sempre foi mais constante nas histórias da Minnie, Margarida e Pateta, constantemente criadas no Brasil.
As primeiras histórias criadas por aqui datam da década de 70. Clarabela apareceu na história curta “Um Homem Prevenido...”, de 1 página,  criada por Carlos Alberto Paes de Oliveira e desenhada por Carlos Edgard Herrero para O Pato Donald #1076, de 1972. No mesmo ano, a personagem apareceu na Edição Extra #52, especial do Pateta Olímpico, nas histórias “O Roubo do Fogo Olímpico” e “Vamos Todos à Munique”.
Já Horácio só aparece nas histórias brasileiras Disney em 1974, nas histórias “Escola para Cães”, de Júlio de Andrade, e “O Mistério do Ano Novo”, de Ivan Saidenberg com desenhos de Moacir Rodrigues Soares. Essas histórias foram publicadas originalmente em O Pato Donald #1172 e O Pato Donald #1206, respectivamente.
Em “Papai Noel por Acaso”, de 1959, de Jorge Kato, Horácio e Clarabela aparecem na última cena, em ceia de natal com os pesonagens Disney, protagonizada pelo Tio Patinhas.
Os estúdios italianos iniciaram suas historias com os personagens em abril de 1939,  com “Clarabella fra gli artigli del diavolo Nero”, com desenhos de Federico Pedrocchi e roteiros de Enrico Pinochi, publicada em Albi d'oro 39025 (25ª edição de 1939) e ainda inédita no Brasil.
            Nos Estados Unidos as publicações de histórias com os personagens praticamente cessaram a partir dos anos 80, enquanto na Itália e na Europa como um todo elas foram intensificadas. No computo geral, as histórias envolvendo os personagens foram criadas principalmente na Itália, Dinamarca, Holanda e Estados Unidos.
Em relação às publicações de histórias, até o início de 2010, os personagens estão presentes principalmente nas páginas italianas (cerca de 1.400 histórias com a Clarabela e 900 com Horácio), alemãs (1049 e 659), norueguesas, dinamarquesas, suecas, francesas e brasileiras, todos esses países com mais de 500 histórias publicadas de ambos. No Brasil, foram publicadas 960 histórias com a Clarabela e 530 com o Horácio.

           
  1. Características marcantes:

            Clarabela se mostra nas histórias como grande cozinheira e notória fofoqueira. Nos últimos tempos, porém, as histórias protagonizaram mais situações em que ela se comportou como conselheira de Minnie, deixando a parte das fofocas de lado.
Sempre com o chocalho no pescoço, Clarabela é uma personagem extremamente inteligente, mas apresenta momentos volúveis ou com “crises de amor” que fazem com que possa tomar decisões irracionais.
            O “cavalo” Horácio sempre aparece com um colar de madeira (cabresto) e um laço. Nas primeiras histórias de Gottfredson, atua como um auxiliar do Mickey, que se autodenomina um perito em tudo e um bravo, mas costuma dar suas “fugidinhas” quando a situação aperta. Aos poucos, o papel de companheiro do ratinho foi sendo tomado pelo Pateta, e na década de 50 Horácio já não tinha mais essa função, ficando meio esquecido nos quadrinhos.
            Clarabela e Horácio apareceram como noivos no universo Disney. Na década de 60, porém, tentou-se colocar Clarabela como namorada do Pateta. Em 1969, foi criada a personagem Glória para fazer par com Pateta, fazendo com que a primeira “voltasse para Horácio”, cujo paradeiro nessa época era desconhecido.

  1. Revistas e Séries:

           Em 1938, Clarabela foi tema de um livro de 92 páginas em capa dura lançado nos EUA, denominado “Walt Disney’s story of Clarabelle Cow”. A coleção ainda apresentou livros com a história de Donald, Pluto, Pateta, Mickey e Minnie.


         Nos gibis brasileiros, nunca foram lançadas edições especiais com os personagens. Na Itália, porém, Clarabela foi destaque do fascículo 17 de Disney Collection, lançado em abril 2009, e do fascículo 10 de Disney Parade, de maio de 2003.  Também na Itália, I Mitici Disney #24, de julho de 2009, foi especial sobre a personagem, apresentando 11 histórias em 196 páginas.
Horácio também teve fascículos especiais de Disney Parade (número 27, de janeiro de 2004) e Disney Collection (número 24, de julho de 2009), além de ser a estrela de I Mitici Disney # 27, de agosto de 2009, revista com 11 histórias em suas 196 páginas.

 

         Em matéria de séries, os autores franceses e italianos contemplaram Clarabela com a série “Les Années folles de Clarabelle” (algo como “Os Loucos Anos da Clarabela). 29 histórias fizeram parte dessa sub-série, com autores consagrados como Giorgio Cavazzano sendo um dos criadores dela. No Brasil, cerca de 10 historias foram publicadas, nas revistas da Margarida e Almanaque Disney, e a série foi denominada de Clarabela Repórter.

          Na Itália houve uma publicação especial, o número 2 da coleção Storie col Fiocco (algo como História com Arco), com 12 histórias dessa série.



  1. Personagens correlatos:

- FAMILIARES E COLEGAS

·        Clarindo ou Beto (Bertie) – É o primo menor da Clarabela. No Brasil, o personagem estranhamente foi chamado de Clarindo. Apareceu primeiramente em "Silly Symphony featuring Pluto the Pup", tira publicada nos jornais americanas em 1940,como Calfie (também intitulada “Horse Play”). Essa história foi republicada em WDCS #20, de 1942, mas ainda é inédita no Brasil.
No Brasil, a primeira história dele possivelmente é “O sobrinho da Clarabela”, publicada nos EUA em 1943, em WDCS #36, como “Cousin Bertie”, e em nosso país em O Pato Donald #222 (1956) e Disney Especial #18 (1975) e suas republicações.
O leitor mais atento já notou que aí surge uma polêmica: O personagem é retratado nos estados Unidos como primo da Clarabela (“cousin Bertie”) e no Brasil como sobrinho da mesma. Para a confusão ficar ainda maior, em Mickey #763 ele se chama Beto, na história “Beto, o terrível


·        Dona Bovina (Miss Bovina) – É a tia da Clarabela, figura constante na alta sociedade. Sua estréia possivelmente foi em “Mickey Gets the Drift” (jornais americanos de 1939 e WDCS #15, de 1941), história inédita no Brasil. Ela aparece também em algumas tiras e histórias nas décadas de 1930 e 1940, como nas histórias “The Twins Quiet Down” (WDCS #21) e “Goofy's Halloween” (WDCS #38). Nas histórias brasileiras, aparece por exemplo em O Sobrinho da Clarabela”, atormentada por Clarindo.


·        Belinha (Betsy ou Itsy-Betsy) – É a sobrinha hiperativa de 5 anos da Clarabela. Aparece atormentando Lalá, Lelé e Lili em “Triple-Sitter Trouble”, de 1970, publicada em WDCS #346. No Brasil, a história é publicada em O Pato Donald #954, como “Babás em Apuros”, e ainda em Seleção Disney #29 (1990).

·        Petúnia – Criada na Itália, por Corrado Mastantuono e François Corteggiani,. É prima de Clarabela. Estreou em “La cugina Petúnia”, publicada em Minni & company #34 , de 1996. A história foi republicada no Brasil em Almanaque Disney 327, de 1998, como “A Prima Petúnia

·        Sarabelle  – É irmã da Clarabela, e apareceu no livro de atividades infantis “Mickey Mouse Magazine” Ela é idêntica à Clarabela, com exceção do cabelo loiro. Não se tem registro dela em quadrinhos Disney.

·        Boinifácio – Criado no Brasil, na história “Boinifácio, Muito Praz(e/a)r!”. Ele é retratado como o primo azarado da Clarabela. A história foi criada em 1985, com roteiros de Gérson Teixeira e desenhos de Roberto Fukue, e publicada em Mickey #408 (1986), inclusive com referência e imagem na capa da edição, e Disney Especial #124 (1990). A história foi publicada na Itália como “Clarabella e il cugino Bonifacio”, em Topolino #1603, também de 1986.
Segundo o Inducks, 13 histórias do personagem foram produzidas, todas no Brasil. A última data de 1987.
Como curiosidade, na história “Embarcando numa Galera Furada” (Tio Patinhas Especial #4, de 1987) é apresentado um ancestral egípcio de Boinifácio.

·        Dorotéia Tetéia – Também prima “megastar” de Horácio. Caracterizada como a rainha dos filmes de faroeste, segundo Horácio ela também possui “grandes dentes cavalares”. Aparece em histórias como “Uma Estrela em Patópolis”, escrita por Ed Nofziger” e publicada em Zé Carioca #1665 (1983) e Almanaque Disney # 366 (2005) e “A Prima de Horácio” (Zé Carioca #1789). Seu nome em alemão é um tanto inusitado: Elvire de Borchelle.

·        Carla – É prima da Clarabela. Aparece na história “Pippo e la bella... "racchiona"”, publicada em Topolino #932 (1973). Os autores do roteiro são desconhecidos. Na história, é mostrada como uma bela... “cachorra”, ao contrário da “vaca” Clarabela. A história foi publicada no Brasil como “A Rainha da Beleza” no Almanaque Disney #51 (1975).

·        Arcibaldo e Teobaldo – São dois tios da Clarabela, apresentados em “Topolino e i fantasmi Neri”, história ainda inédita no Brasil, desenhada por Giovan Battista Carpi e escrita por Gian Giacomo Dalmasso Art. Sua primeira publicação foi em Topolino #466, de 1964.

·        Mayor Stang  – Pai da Clarabela, mostrado na história "Two Gun Sheriff", de Al Hubbard, publicada em One Shots #468 (1953). É prefeito da cidade de Gangsterborg (nome dinamarquês), traduzida como Mykansas City. No Brasil a história foi publicada como “Herói por Tabelaem O Pato Donald #104 (1953).

·        Durham – Avô de Clarabela, retratado na série de tiras “Race for Riches”, publicada nos jornais americanos de 1935, desenhada por Floyd Gottfredson. Na história não é mostrada sua face. Essas tiras foram compiladas e apresentadas em Mickey Mouse #237 a #239 (1988). Elas nunca foram publicadas no Brasil.

Clarabela tem ainda uma tia que aparece na história “Le Mauvais et les Méchants", publicada em  Le Journal de Mickey #2328 de 1997 e escrita por François Corteggiani. Ela vive numa cadeira de rodas no Oeste. Na história ele é chamada apenas de Tata (tia em francês).

- SÉRIE CLARABELA REPORTER


·        Eliot Neves (Hotneige ou Eliot Neige no original francês) – Era o detetive, tendo aparecido em 5 histórias no Brasil. Estreou em “La Guerre Du Soda” (O Caso da Falsificação), publicada em 1988, em Le Journal de Mickey #1892. No Brasil, a história foi apresentada em Margarida #101, de 1990.


·        Al Capote (Al Cootest no original francês) – Era o grande vilão da série. O gangster Al Capote também estreou em “La Guerre Du Soda” e participou de 7 histórias publicadas no Brasil.

·        Chefe de redação (sem nome específico) – Chefe da redação do jornal para o qual Clarabela escrevia, estreou na mesma historia que os dois personagens já citados. No Brasil, 9 histórias foram publicadas com o personagem.

·        Jim Cocorina – Gangster que estreou em Destinazione Hollywood, de 1995, publicado na revista italiana Minni & company #20 e atuou em 19 histórias, segundo o banco de dados INDUCKS. No Brasil, a única história catalogada com o personagem é “A Prima Petúnia”, publicada em Almanaque Disney #327.

·         Pascal Alonzo – Parceiro de Cocorina, com 5 histórias catalogadas no banco de dados INDUCKS. Sua estréia mundial e única aparição no Brasil coincidem com a do seu parceiro.

Grandes personagens Disney: João Bafo de Onça



  1. Personagem: João Bafo de Onça

  1. Nome Original: Pete, Peg-Leg Pete, Black Pete, dentre outros

  1. Nomes em várias línguas:

Português: João Bafo-de-Onça
Inglês: Pete
Italiano: Gambadilegno
Francês: Pat Hibulaire
Espanhol: Pete Patapalo
Alemão: Kater Karlo
Holandês: Boris Boef
Dinamarquês: Sorteper
Sueco e Norueguês: Svarte-Petter
Finlandês: Musta Pekka


  1. Criador: Walt Disney e Ub Iwerks

  1. Origem: 1923 (1930 nos quadrinhos)

6.      Estréia nos quadrinhos:

Bafo estreou nos quadrinhos em “Death Valley”, composta de 149 tiras diárias publicada nos jornais dos estados Unidos em 1930. O roteiro da história é de Floyd Gottfredson e de Walt Disney.
No Brasil, essa história foi publicada apenas na revista Mestres Disney #3, de 2005, especial sobre Gottfredson, como uma aventura de 44 páginas denominada O Vale da Morte.

  1. História do personagem:
           
            João Bafo de Onça, o sempre presente arquiinimigo de Mickey, é figura presente nos estúdios Disney, já tendo tido diversos nomes, e sendo o vilão dominante em diversas séries de desenhos animados, mesmo antes do ratinho surgir.
Sua estréia foi nas curtas metragens da série de desenhos animados Alice Comedies, em Alice Solves the Puzzle (Alice resolve o quebra-cabeça), de 1925. Chamava-se Bootleg Pete. Esse nome, algo como “Pete Contrabandeador” foi utilizado como referência à proibição de comercialização de produtos alcoólicos nos Estados Unidos (Lei Seca), que durou de 1920 a 1933.
Em 1927 e 1928, tornou-se também o antagonista na série de desenhos animados envolvendo o Coelho Oswaldo. Estreou no curta The Ocean Hop (O Pulo no Oceano). Chamou-se, nessa época, Putrid Pete.
          Em 1928, o vilão contracenou com Mickey em O Vapor Willie (Steamboat Willie), primeiro desenho animado da história em que o som foi sincronizado com a ação do filme. Aqui se chamava Peg-leg Pete (Pete Perna-de-Pau, às vezes traduzido como João Perneta).
Na verdade, a primeira produção em que ele aparece é Gallopin' Gauch, que, porém, só foi apresentada depois.
Sua aparência “pré-Mickey” era mais parecida com um urso ou um texugo. Após se tornar inimigo do ratinho, nada mais natural que visse a adquirir aparência de gato. Porém, na série animada Goofy Troop (A Turma do Pateta aqui) tem mais traços de cão.
Apareceu, nos primeiros cartoons, como assistente de Sylvester Shyster ( no Brasil Zé Ratão), antigo vilão, mas depois começou a ter empregos próprios. Esses fatos fazem de Bafo o mais antigo personagem Disney “em atividade”.
Estreou nos quadrinhos Disney na segunda história em tiras do Mickey, primeira de Gottfredson, em 1930: Death Valley (O Vale da Morte).
            Alternando entre “profissões” como ladrão de bancos, chefe mau e vizinho chato, dentre outros, Bafo se tornou o mais recorrente vilão do Mickey, tendo sido utilizado em quase 2.000 histórias dele. Além disso, foi antagonista de diversos personagens, não só dos mais populares, como Donald, Patinhas e Pateta, mas também de tantos outros como o Porquinho Prático, os Sete Anões e a Pata Lee.
São catalogadas no banco de dados Inducks, até o começo de 2010, mais de 2500 histórias do Bafo, em sua maioria italianas (mais de 1.200 histórias), francesas (cerca de 360), americanas (cerca de 320) e dinamarquesas (200 histórias). Os estúdios brasileiros, segundo o banco de dados, foram responsáveis por 64 trabalhos com o personagem.
Em relação à publicação de histórias, há mais de 1.800 histórias do personagem publicadas na Itália, cerca de 1.100 na França, 1.000 na Alemanha, 900 no Brasil, 850 na Noruega e 800 na Dinamarca. Há registros de histórias suas publicadas também em países como a Argélia, Lituânia, Eslovênia e Ilhas Faroe.
            As primeiras criações envolvendo o Bafo no Brasil remetem à década de 50. Em 1952 foi publicada “A Festa de Natal”, de Álvaro de Moyá, com a aparição de dezenas de personagens Disney em apenas 11 páginas de texto. Nesta década foram criadas apenas capas, páginas de texto e até mesmo anúncios onde o personagem aparecia.
            Seus primeiros quadrinhos propriamente ditos criados no Brasil datam de 1961. Sua primeira história provavelmente é “O Estranho Caso do Jardim Zoológico”, de Jorge Kato, com roteiros desconhecidos, publicada em Zé Carioca #487, de março. No mês seguinte, “O Tesouro de Lampião”, também de Jorge Kato, apareceu nas páginas de Zé Carioca # 493.

  1. Características marcantes:

            João Bafo de Onça já teve diversos nomes nas aventuras Disney, já exerceu diversos papéis, diversas profissões. Pode ser considerado “o mais versátil personagem Disney”.
Surgiu como Peg-Leg Pete e foi ainda Sneaky Pete, Big Bad Pete, Big Pete, Foxy Pete , Pegleg Pedro , Pierre the Trapper , Louie the Leg , Sylvester Macaroni , Pistol Pete e muitos outros, até ser conhecido apenas como Pete. Em suas primeiras aventuras seu nome sempre estava relacionado com a situação em que se encontrava no cartoon/quadrinho.
            Figura recorrente no universo Disney, brutamontes e ameaçador, o vilão surgiu utilizando uma perna de pau, que não tinha “perna fixa”, e às vezes chegava a ser “esquecida” pelos desenhistas e animadores (por isso o nome de Peg-Leg Pete).
Nas tiras da história “The Mystery at Hidden River”, escrita por Goddfredson em 1941e ainda inédita no Brasil, Mickey comenta que Bafo está usando uma prótese “mais natural” e sua perna de pau foi abandonada. Atualmente, o personagem é retratado com duas pernas normais, tanto nos quadrinhos como nos desenhos animados.
Desde então e por muito tempo, passou a ser conhecido como Black Pete, mantido até o nome começar a ser discutido por questões de preconceito. A partir daí, virou simplesmente Pete.
Sobre o nome brasileiro, João Bafo de Onça, segue um trecho da excelente matéria feita pelo Planeta Gibi para homenagear os 85 anos do personagem: “No Brasil, primeiramente foi chamado de Pete nos gibis da Abril. Foi Cláudio de Souza que lhe batizou com o nome que se popularizou. "O personagem tinha cara de João e, além disso, levava um jeito de meliante e beberrão, daqueles que gostavam de entornar muitos copos por dias seguidos e, portanto, exalava um bafo insuportável", contou o ex-funcionário da Abril ao jornalista Gonçalo Junior no livro O Homem Abril: Cláudio de Souza e a História da Maior Editora Brasileira de Revistas (Opera Graphica, 2003).”


       

  1. Outras mídias:

       Vilão dominante no universo Disney, Bafo participou ainda de diversas mídias Disney, além dos quadrinhos.
Em Duck Tales, apareceu em alguns episódios, porém sempre com características e identidades diferentes.
Na série de TV Turma do Pateta, Bafo é dono de uma loja de carros usados e é vizinho do Pateta, morando com sua esposa Peggy (Peg), seus dois filhos Bafo Junior (B.J., ou P.J. no original em inglês) e Matraca (Pistol) e seu cachorro Serrote (Chainsaw).
Bafo ainda tem aparições constantes nas séries de TV House of Mouse e Mickey Mouse Clubhouse, e participou de diversos filmes, como Os Três Mosqueteiros e Um Conto de Natal do Mickey.
Aliás, como já foi dito, o personagem estreou nos curtas metragens antes de qualquer outro personagem constante nos quadrinhos Disney, e já estrelou mais de 60 desses curtas.
Nos videogames, Bafo foi o vilão em diversos títulos lançados nos anos 90 e 2000, como Mickey Mousecapade, Mickey’s Dangerous Case, Disney’s Magical Quest e Kingdom Hearts Series.
           

  1. Revistas:

É interessante que, apesar de muito presente no universo Disney, o vilão, talvez por sua “versatilidade”, nunca teve uma revista regular própria.
No Brasil, João Bafo de Onça ganhou uma edição especial da revista Aventuras Disney. Foi a número #05, de 2005, que comemorou seus 80 anos com 6 grandes histórias, envolvendo clássicos de Floyd Gottfredson e Paul Murry.
Na Itália, o personagem estampou as páginas do fascículo 10 de Disney Collection, lançado em janeiro de 2009, e do fascículo 21 de Disney Parade, de outubro de 2003.  Também na Itália, I Mitici Disney #15, de maio de 2009, foi especial sobre o vilão, apresentando 7 histórias em 196 páginas. Em 1989 os italianos também publicaram Il Messagero #28, denominado “Topolino contra Gambardilegno”













Nos países nórdicos, em homenagem aos 70 anos do personagem, foram publicadas revistas especiais, em fevereiro de 1995. Na Dinamarca, ela foi a especial de Anders And & Co #1995B07, e na Noruega e na Suécia Donald Duck & Co #1995B07. São edições iguais, com 36 páginas e 2 histórias, sendo uma delas em 3 partes.



Na Espanha, em 2009 foi lançado a revista Série Oro #14, especial de Mickey & Pete Patapalo, o Bafo por lá. A revista tem 84 páginas e 3 histórias.
Na Alemanha, em maio de 2007 foi lançado um especial de 152 páginas,com 6 histórias do Bafo. Ele faz parte da coleção Disney heimliche Helden, algo como Heróis Secretos Disney ou Os Segredos dos Heróis Disney. É a edição de número 6 da coleção.



Na França, em junho de 1971, Mickey Parade #990, a 20ª edição da série, foi dedicada a “Mickey contre Pat Hibulaire”.


  1. Curiosidades:

   - Em “Mickey’s Strange Mission”, de 1960,escrita por Carl Fallberg e desenhada por Paul Murray para WDCS #243 a 245, o nome completo do Bafo aparece: Percy P. Percival (No Brasil foi traduzido como Clodovil P. Pedrosa). A história foi publicada no Brasil em Mickey #120 (1962), Disney Especial #79 (1984) e Aventuras Disney #44 (2009), como “A Estranha Missão de Mickey”.
            O nome do personagem aparece em uma foto do Bafo com 10 anos. Estranhamente, na última publicação no Brasil, a legenda da foto, na qual consta o verdadeiro nome do vilão, foi omitida.

                   

            Ainda com relação a esse caso, essa história apresenta um parente do Bafo que o procura para que receba uma herança de U$ 50.000,00, com a condição que ele passe a trabalhar honestamente. O nome desse parente no original é Blackstone P. Percival, e no Brasil foi traduzido como Percival P. Pedrosa, o que gera alguma confusão, visto que Percival (Percy) seria o nome do Bafo no original inglês.

   - Durante a segunda guerra mundial, Bafo foi o mascote oficial da Marinha Mercante Norte-Americana. Porém, o personagem já foi, nos quadrinhos, um espião nazista, em “Mickey Mouse on a Secret Mission”, tiras escritas por Bill Walsh e desenhadas por Floyd Gottfredson em 1943. (No Brasil, essas tiras só são encontradas em Seleções Coloridas Walt Disney 4, da EBAL, lançada em 1946).

   - Bafo já esteve no Nordeste brasileiro: Em “O Tesouro de Lampião”, desenhada por Jorge Kato, o bandido é líder de um bando de cangaceiros que enfrenta Zé Carioca, Mickey e Pateta. Para os que quiserem se deliciar, a história está presente em Zé Carioca #493, de 1961, edição republicada em Anos de Ouro do Zé Carioca #1.

    - Carl Barks desenhou 7 histórias em que o Bafo aparece: Em “The Inventor Contest”, publicada em Uncle Scrooge #28, de 1959, o Sr. Baff de Once, inventor, confronta o Professor Pardal em um torneio de inventos.
            No Brasil, a história foi publicada em O Pato Donald #450 (1960), Disney Especial #1 (1972) e reedições e no volume 14 de O Melhor da Disney: As Obras Completas de Carl Barks.


  1. Personagens correlatos:

- FAMILIARES E COLEGAS

Não obstante ser retratada nas histórias Disney toda uma série de antepassados “famosos” para o vilão, alguns personagens podem realmente ser considerados como pertencentes a seu universo familiar.


·        Tudinha (Trudy Van Tubb) – Tudinha é esposa do Bafo, criada por Romano Scarpa, em 1960. Sua primeira aparição foi em "Topolino e la collana Chirikawa", publicada em Topolino #230 e ainda inédita no Brasil.
Sua primeira história publicada no Brasil foi, muito provavelmente, “A Fórmula S” (Topolino e La Formula Fônica), de 1978. presente em Mickey #332 (1980) e Mestres Disney #6 (2005).
Em suas primeiras décadas, Bafo “paquerava” a Minnie, e Tudinha reapareceu em sua vida, como antiga namorada. Ela é muito inteligente e nas histórias atuais é mostrada como honesta, ou pelo menos não envolvida nas atividades ilegais do Bafo, inclusive freqüentando a casa da Minnie.
Existem quase 400 histórias produzidas com a Tudinha, até o início de 2010, praticamente todas desenhadas na Itália. No Brasil, poucas dessas histórias foram publicadas, menos de 50 até março de 2010.

·        Algatone (Plottigat) – Também criação de Romano Scarpa, Algatone é o primo inteligente e cientista do Bafo. Seu lema é “Conhecimento é força”. Também desonesto, sua primeira aparição foi em “Topolino e Il Pippo-Lupo”, algo como Mickey e o Pateta-Lobo, que foi publicada em Topolino #1102, de 1977.
Até março de 2010, há 60 trabalhos envolvendo o personagem catalogados no banco de dados Inducks, sendo 58 criados pelos italianos. No Brasil, 11 histórias suas foram publicadas.


·        Bafito e Bafildo (Pierino e Pieretto) – Como todos os personagens principais do universo Disney, Bafo também tem seus sobrinhos, levados como o tio.
Eles foram criados em 1991, na história “Topolino e un Favore da Nulla” (Topolino #1879), publicada 6 anos depois no Brasil como “Um Favorzinho de Nada” em Mickey #576. O roteiro é de Carlos Panaro e os desenhos de Corrado Mastantuono.
Há 30 histórias catalogadas com os personagens, até o início de 2010, todas italianas, muitas delas curtas. No Brasil, 8 dessas histórias foram publicadas.
Eles também aparecem na história dinamarquesa “Skandale i Rom” (Escândalo em Roma), criada em 1996 por Janet Gilbert (roteiros) e Joaquin Canizares Sanchez (desenhos), inédita na Itália e no Brasil.

·        Mamãe Bafo de Onça (Maw Pete) – É a mãe do Bafo. Chamada no Brasil apenas de Mamãe Bafo de Onça, estreou provavelmente em “The River Pirates”, escrita por Carl Fallberg e desenhada por Paul Murray em 1968 para WDCS# 336 a 338. Felizmente, no Brasil, a história também foi publicada, em Mickey #198 (1969) e Disney Especial #21 (1976) e reedições, como “Os Piratas do Rio”.
Na história, ela é a lider da gangue de piratas composta também por Bafo e seu irmão gêmeo. Segundo ela, seus filhos são “bons garotos, mas não são brilhantes”, precisando de uma “mãe amorosa e com mãos firmes para guiá-los”.

·        Bafinho (Li’l Pete) – Irmão gêmeo do Bafo, porém com características físicas contrastantes às suas. Baixinho, faz se passar por mulher no primeiro encontro com Mickey e Pateta na já citada “The River Pirates”. Na mesma história, sua mãe o chama também de “Little Pete”, em referência à “Big Pete”, o “verdadeiro Bafo”.

·        Petula – Essa personagem, irmã mais velha do Bafo apareceu, aparentemente, apenas em tiras de 1998. Ela tem um programa de TV e quer se vingar do Mickey por sempre por seu irmão na cadeia.

·        Avó do Bafo – Honesta, esse personagem apareceu nas histórias "Topolino e la nonna di Gambadilegno" (Topolino #1874, de 1991) e "Topolino e il diario segreto di zia Topolinda" (Topolino #1998, de 1994).

·        Vovô Ernesto – É citado na história “A Lenda do Time Perdedor”, de Gianfranco Cordara com desenhos de Lorenzo Cordara, como o sujeito que roubou a taça do campeonato de futebol entre cidades. No Brasil, a história abre o Almanaque Disney #365.

·        Vovô Gambadistagno (nome italiano) – Aparece na história “Gambadilegno e la Rapina Del Secolo”, publicada em Topolino #2518 (2004), tentando abrir uma caixa-forte com um palito.

Vários outros familiares foram retratados nas HQs, de diversas gerações, mas paremos por aqui.


- PARCEIROS DE CRIME

·        Eli Squinch (Eli Squinch) – Cachorro antropomorfizado, Squinch apareceu na época das primeiras histórias do Mickey. Criado por Floyd Gottfredson, debutou em “Bobo the Elephant”, tiras publicadas nos jornais americanos de 1934. Essa história é inédita no Brasil. A Partir da história seguinte (Race to Riches, de 1935) começou sua parceria com o Bafo.

A primeira das suas seis histórias publicadas em nosso país foi “Na Selva Africana”, em O Pato Donald #11, de 1951. Foram necessários 42 anos para que outra história sua fosse publicada por aqui: “O Tesouro do Tio Bujão”, em Almanaque Disney #267 de 1993.
O interessante desse personagem é que, apesar de poucas histórias, apenas 28 catalogadas no Inducks, essas preenchem várias décadas. Eli Squinch teve histórias criadas nas décadas de 30, 40, 60, 70 e 90 do século passado. Nos anos 2000 foram criadas quatro histórias suas, inclusive no ano de 2010.

·        Zé Ratão (Sylvester Shyster) – Advogado brilhante, Zé Ratão, criado por Walt Disney, utiliza seu dom para o mal, quase sempre em parceria com o Bafo. Nessas parcerias, normalmente ele é o “cabeça”.
Estreou em “Death Valley”(1930). Participou de várias tiras na década de 30. Reapareceu em 1950 em “The Mystery at Hidden River” Após um aparente abandono do personagem, a Egmont Creative S/A produziu 13 histórias suas nas décadas de 90 e 2000, demonstrando que deve continuar a usá-lo nas aventuras atuais.
No Brasil, 8 de suas quase 30 histórias foram publicadas. A primeira “O Mistério do Rio” em O Pato Donald #134 e 135 (1954) e a última “A Hipnose” em Mickey #764 (2006)
Uma curiosidade sobre o personagem é que, um pouco diferente do estilo original, ele aparece como advogado do Tio Patinhas em “Race to The South Seas”. No Brasil, a história foi publicada pela última vez em 2008, na revista O Melhor da Disney #37, como “Primo, Você é Que Tem Sorte”.




·        Escovinha/Fuinha (Scuttle) – Escovinha, também chamado de Fuinha, surgiu, aparentemente, em “Captures The Range Rustlers”, história ainda inédita no Brasil, com desenhos de Paul Murray e publicada em Vacation Parade #2. Ele é o grande parceiro do Bafo nos crimes. Atuaram juntos em mais de 400 histórias, criações francesas, americanas, italianas, brasileiras, enfim, de todo o mundo.
Idealizado pelos americanos, acabou adotado pelos franceses, que criaram cerca de metade de suas histórias.
O Brasil é o segundo país com mais publicações de suas histórias, cerca de 230 até o início de 2010. Sua estréia por aqui foi em Mickey #86, de 1959, com “Mickey Contra os Salteadores de Trem”, história de 1957 com roteiros de Carl Fallberg e desenhos de Paul Murray.
O Inducks mostra 18 histórias de Fuinha criadas no Brasil. A primeira delas foi “O Pássaro Perdido”, desenhada originalmente por Paul Murray e adaptada para o Brasil na famosa fase “Zé Fraude” por Jorge Kato. Pintou em Zé Carioca #567 (1962). O primeiro roteiro criado por aqui foi de “O Morcego Voador”, de Ivan Saidenberg, publicado com desenhos de Carlos Edgard Herrero em Edição Extra #56 (1973).
Ele é mais um daqueles personagens com um problema que podemos chamar de “crise de identidade”: Além do nome original, já foi chamado de diversos outros nomes em aventuras específicas, e até mesmo teve seu rosto usado para estampar irmãos na mesma história. Pode-se citar alguns nomes que o mesmo já teve:

- Fumaça: Na história “O Covil do Lobo Zumbidor”, de 1967, publicada em Mickey #184 e Disney Especial #11.

- Pavio Curto (Shortfuser): Na história “A Cilada do Desfiladeiro”, de 1968, publicada em Mickey #169 e Disney Especial #84.

- Zé Lesma: Na já citada história “A Estranha Missão de Mickey”.

- Barney: Na história “Bandidos do Bosque”, de 1961, publicada no Brasil em O Pato Donald #530, Mickey #349 e Aventuras Disney #40.

- Irmão Burrow: Na história “Ossos do Ofício”, Escovinha é irmão do Dundum. Essa histporia, de 1971, foi publicada em Mickey #223 e O Pato Donald #1502.

- Ropey: Na história inédita no Brasil “Captures the Range Rustlers”, desenhada por Paul Murray em 1951, para Vacation Parade #2.

Na história “O Segredo do Pântano” (Mickey #115 e Disney Especial #7), temos Escovinha fazendo o papel de dois irmãos, Escovão e Escovinha (os gêmeos Giboya), que finjem ter encontrado a fonte da juventude e serem avô e neto.
Essa lista de nomes do personagem no Brasil poderia ser mais longa, como na Holanda, país no qual ele já teve cerca de 20 nomes diferentes. Isso só não acontece porque em várias histórias na qual ele é chamado de outro nome lá fora acaba ganhando o nome de Escovinha por aqui.

·        Dundum (Dum-Dum) – Criado em 1957, na história “The Phantom Fires”,  que tem como roteirista Carl Fallberg e desenhista Paul Murray, publicada pela primeira vez em WDCS #200, Dundum é comparsa do Bafo em cerca de 15 histórias apenas. Seu companheiro nos crimes comumente é Fuinha, presente em praticamente todas as cerca de 45 histórias catalogadas com o personagem no Inducks.
Sua aventura de estréia foi publicada no Brasil como “O Fogo Fantasma”, presente em Mickey #135(1964), Mickey #389 (1985) e Disney Especial #114 (1989).
Também aparece com outros nomes, como Dedão e Garra.

·        Chica Nária – É retratada como parceira do Bafo em diversos crimes. Foi criada na década de 80, em roteiros de Ed Nofziger e desenhos do estúdio Jaime Dias.
Ela é uma canária gorda, que já foi desenhada tanto na cor rosa como na cor branca. Alguns a consideram também uma namorada do Bafo, nos “universos paralelos involuntários” que acabam sendo criados pela criação de um universo diferente para o personagem em cada país.
Segundo o Inducks, a sua primeira história seria “Pigeon Police”, publicada no Almanacco Topollino #300 (1981). No Brasil, chamou-se “O Treinador de Pombos”, em Tio Patinhas #234 (1984).
Os brasileiros viram sua participação pela primeira vez em “Pilantras pra Cachorro”, publicada em 1982 na revista Mickey #361. Há 8 histórias suas catalogadas, todas publicadas no Brasil.

·        Al Popone – Gangster parceiro do Bafo, esse personagem foi criado em 1959 por Gian Giacomo Dalmasso (roteiro) e Pier Lorenzo de Vita (desenhos). Sua estréia foi em “Topolino e la Stella dello Sceriffo”, publicada em Topolino #208 e inédita no Brasil.
O personagem teve, aparentemente, apenas 8 histórias criadas, até 1965. Sua única história publicada no Brasil é “O Reino da Pimenta”, em Mickey #170, de 1966.

·        Dexter Dingus – Cientista criminoso parceiro do Bafo que aparece nas histórias mais atuais. Eles não se dão tão bem, mas unem as forças quando o objetivo é o mal.
O Inducks lista apenas 2 histórias com o personagem, criadas pela Egmont (roteiros de Byron Erickson e desenhos de César Ferioli Pelaez) em 1998. Ambas foram publicadas no Brasil em Mickey #611 (2000), com os nomes de “O Raio Derretedor” e “O Grande Roubo de Aniversário”.
        


- FAMILIARES – Goof Troop

A série Goof Trop é conhecida no Brasil como “A Turma do Pateta”. Foi, originalmente, uma série de desenhos animados composta por 79 episódios produzida em 1992.
Quadrinhos baseados na série foram criados nos EUA e publicados principalmente na revista Disney Adventures. Posteriomente, algumas histórias foram criadas na França e nos estúdios Egmont.
Os familiares do Bafo na série são os seguintes:

·        Peg (Peg) – É a esposa do Bafo na série. Nos gibis já apareceu em 12 histórias, quase todas francesas e americanas. Estreou em “Pavlov’s Goof”, desenhada por John Constanza para Disney Adventures #2-12 (1992). Estão catalogadas mais 10 histórias publicadas com a personagem até 1994.

·         Bafo Jr (P.J.) – Filho do Bafo na série. Nos gibis já apareceu em 24 histórias, em sua maioria francesas e americanas. Também estreou em “Pavlov’s Goof”. No Brasil, só é catalogada sua aparição em uma história: “Bom Dia das Mães, Peg!” (Almanaque Disney #322 (1998)).
Como curiosidade, na história “Roman Scandals”, de 1996, P.J. aparece junto a personagens comumente presentes nos gibis Disney, como Mickey, Minnie, Clarabela e Horácio.

·        Matraca (Pistol) – É a filha do Bafo na série. Apareceu pouco nos quadrinhos. O Inducks cataloga apenas duas histórias suas, publicadas em Disney Adventures #3 e #6.

·        Serrote (Chainsaw) – É a filha do Bafo na série. São catalogadas 4 histórias com sua participação nos quadrinhos, estreando também em “Pavlov’s Goof”.


Matéria feita por mim e publicada primeiramente no site Esquiloscans, em junho de 2010.