quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grandes personagens Disney: João Bafo de Onça



  1. Personagem: João Bafo de Onça

  1. Nome Original: Pete, Peg-Leg Pete, Black Pete, dentre outros

  1. Nomes em várias línguas:

Português: João Bafo-de-Onça
Inglês: Pete
Italiano: Gambadilegno
Francês: Pat Hibulaire
Espanhol: Pete Patapalo
Alemão: Kater Karlo
Holandês: Boris Boef
Dinamarquês: Sorteper
Sueco e Norueguês: Svarte-Petter
Finlandês: Musta Pekka


  1. Criador: Walt Disney e Ub Iwerks

  1. Origem: 1923 (1930 nos quadrinhos)

6.      Estréia nos quadrinhos:

Bafo estreou nos quadrinhos em “Death Valley”, composta de 149 tiras diárias publicada nos jornais dos estados Unidos em 1930. O roteiro da história é de Floyd Gottfredson e de Walt Disney.
No Brasil, essa história foi publicada apenas na revista Mestres Disney #3, de 2005, especial sobre Gottfredson, como uma aventura de 44 páginas denominada O Vale da Morte.

  1. História do personagem:
           
            João Bafo de Onça, o sempre presente arquiinimigo de Mickey, é figura presente nos estúdios Disney, já tendo tido diversos nomes, e sendo o vilão dominante em diversas séries de desenhos animados, mesmo antes do ratinho surgir.
Sua estréia foi nas curtas metragens da série de desenhos animados Alice Comedies, em Alice Solves the Puzzle (Alice resolve o quebra-cabeça), de 1925. Chamava-se Bootleg Pete. Esse nome, algo como “Pete Contrabandeador” foi utilizado como referência à proibição de comercialização de produtos alcoólicos nos Estados Unidos (Lei Seca), que durou de 1920 a 1933.
Em 1927 e 1928, tornou-se também o antagonista na série de desenhos animados envolvendo o Coelho Oswaldo. Estreou no curta The Ocean Hop (O Pulo no Oceano). Chamou-se, nessa época, Putrid Pete.
          Em 1928, o vilão contracenou com Mickey em O Vapor Willie (Steamboat Willie), primeiro desenho animado da história em que o som foi sincronizado com a ação do filme. Aqui se chamava Peg-leg Pete (Pete Perna-de-Pau, às vezes traduzido como João Perneta).
Na verdade, a primeira produção em que ele aparece é Gallopin' Gauch, que, porém, só foi apresentada depois.
Sua aparência “pré-Mickey” era mais parecida com um urso ou um texugo. Após se tornar inimigo do ratinho, nada mais natural que visse a adquirir aparência de gato. Porém, na série animada Goofy Troop (A Turma do Pateta aqui) tem mais traços de cão.
Apareceu, nos primeiros cartoons, como assistente de Sylvester Shyster ( no Brasil Zé Ratão), antigo vilão, mas depois começou a ter empregos próprios. Esses fatos fazem de Bafo o mais antigo personagem Disney “em atividade”.
Estreou nos quadrinhos Disney na segunda história em tiras do Mickey, primeira de Gottfredson, em 1930: Death Valley (O Vale da Morte).
            Alternando entre “profissões” como ladrão de bancos, chefe mau e vizinho chato, dentre outros, Bafo se tornou o mais recorrente vilão do Mickey, tendo sido utilizado em quase 2.000 histórias dele. Além disso, foi antagonista de diversos personagens, não só dos mais populares, como Donald, Patinhas e Pateta, mas também de tantos outros como o Porquinho Prático, os Sete Anões e a Pata Lee.
São catalogadas no banco de dados Inducks, até o começo de 2010, mais de 2500 histórias do Bafo, em sua maioria italianas (mais de 1.200 histórias), francesas (cerca de 360), americanas (cerca de 320) e dinamarquesas (200 histórias). Os estúdios brasileiros, segundo o banco de dados, foram responsáveis por 64 trabalhos com o personagem.
Em relação à publicação de histórias, há mais de 1.800 histórias do personagem publicadas na Itália, cerca de 1.100 na França, 1.000 na Alemanha, 900 no Brasil, 850 na Noruega e 800 na Dinamarca. Há registros de histórias suas publicadas também em países como a Argélia, Lituânia, Eslovênia e Ilhas Faroe.
            As primeiras criações envolvendo o Bafo no Brasil remetem à década de 50. Em 1952 foi publicada “A Festa de Natal”, de Álvaro de Moyá, com a aparição de dezenas de personagens Disney em apenas 11 páginas de texto. Nesta década foram criadas apenas capas, páginas de texto e até mesmo anúncios onde o personagem aparecia.
            Seus primeiros quadrinhos propriamente ditos criados no Brasil datam de 1961. Sua primeira história provavelmente é “O Estranho Caso do Jardim Zoológico”, de Jorge Kato, com roteiros desconhecidos, publicada em Zé Carioca #487, de março. No mês seguinte, “O Tesouro de Lampião”, também de Jorge Kato, apareceu nas páginas de Zé Carioca # 493.

  1. Características marcantes:

            João Bafo de Onça já teve diversos nomes nas aventuras Disney, já exerceu diversos papéis, diversas profissões. Pode ser considerado “o mais versátil personagem Disney”.
Surgiu como Peg-Leg Pete e foi ainda Sneaky Pete, Big Bad Pete, Big Pete, Foxy Pete , Pegleg Pedro , Pierre the Trapper , Louie the Leg , Sylvester Macaroni , Pistol Pete e muitos outros, até ser conhecido apenas como Pete. Em suas primeiras aventuras seu nome sempre estava relacionado com a situação em que se encontrava no cartoon/quadrinho.
            Figura recorrente no universo Disney, brutamontes e ameaçador, o vilão surgiu utilizando uma perna de pau, que não tinha “perna fixa”, e às vezes chegava a ser “esquecida” pelos desenhistas e animadores (por isso o nome de Peg-Leg Pete).
Nas tiras da história “The Mystery at Hidden River”, escrita por Goddfredson em 1941e ainda inédita no Brasil, Mickey comenta que Bafo está usando uma prótese “mais natural” e sua perna de pau foi abandonada. Atualmente, o personagem é retratado com duas pernas normais, tanto nos quadrinhos como nos desenhos animados.
Desde então e por muito tempo, passou a ser conhecido como Black Pete, mantido até o nome começar a ser discutido por questões de preconceito. A partir daí, virou simplesmente Pete.
Sobre o nome brasileiro, João Bafo de Onça, segue um trecho da excelente matéria feita pelo Planeta Gibi para homenagear os 85 anos do personagem: “No Brasil, primeiramente foi chamado de Pete nos gibis da Abril. Foi Cláudio de Souza que lhe batizou com o nome que se popularizou. "O personagem tinha cara de João e, além disso, levava um jeito de meliante e beberrão, daqueles que gostavam de entornar muitos copos por dias seguidos e, portanto, exalava um bafo insuportável", contou o ex-funcionário da Abril ao jornalista Gonçalo Junior no livro O Homem Abril: Cláudio de Souza e a História da Maior Editora Brasileira de Revistas (Opera Graphica, 2003).”


       

  1. Outras mídias:

       Vilão dominante no universo Disney, Bafo participou ainda de diversas mídias Disney, além dos quadrinhos.
Em Duck Tales, apareceu em alguns episódios, porém sempre com características e identidades diferentes.
Na série de TV Turma do Pateta, Bafo é dono de uma loja de carros usados e é vizinho do Pateta, morando com sua esposa Peggy (Peg), seus dois filhos Bafo Junior (B.J., ou P.J. no original em inglês) e Matraca (Pistol) e seu cachorro Serrote (Chainsaw).
Bafo ainda tem aparições constantes nas séries de TV House of Mouse e Mickey Mouse Clubhouse, e participou de diversos filmes, como Os Três Mosqueteiros e Um Conto de Natal do Mickey.
Aliás, como já foi dito, o personagem estreou nos curtas metragens antes de qualquer outro personagem constante nos quadrinhos Disney, e já estrelou mais de 60 desses curtas.
Nos videogames, Bafo foi o vilão em diversos títulos lançados nos anos 90 e 2000, como Mickey Mousecapade, Mickey’s Dangerous Case, Disney’s Magical Quest e Kingdom Hearts Series.
           

  1. Revistas:

É interessante que, apesar de muito presente no universo Disney, o vilão, talvez por sua “versatilidade”, nunca teve uma revista regular própria.
No Brasil, João Bafo de Onça ganhou uma edição especial da revista Aventuras Disney. Foi a número #05, de 2005, que comemorou seus 80 anos com 6 grandes histórias, envolvendo clássicos de Floyd Gottfredson e Paul Murry.
Na Itália, o personagem estampou as páginas do fascículo 10 de Disney Collection, lançado em janeiro de 2009, e do fascículo 21 de Disney Parade, de outubro de 2003.  Também na Itália, I Mitici Disney #15, de maio de 2009, foi especial sobre o vilão, apresentando 7 histórias em 196 páginas. Em 1989 os italianos também publicaram Il Messagero #28, denominado “Topolino contra Gambardilegno”













Nos países nórdicos, em homenagem aos 70 anos do personagem, foram publicadas revistas especiais, em fevereiro de 1995. Na Dinamarca, ela foi a especial de Anders And & Co #1995B07, e na Noruega e na Suécia Donald Duck & Co #1995B07. São edições iguais, com 36 páginas e 2 histórias, sendo uma delas em 3 partes.



Na Espanha, em 2009 foi lançado a revista Série Oro #14, especial de Mickey & Pete Patapalo, o Bafo por lá. A revista tem 84 páginas e 3 histórias.
Na Alemanha, em maio de 2007 foi lançado um especial de 152 páginas,com 6 histórias do Bafo. Ele faz parte da coleção Disney heimliche Helden, algo como Heróis Secretos Disney ou Os Segredos dos Heróis Disney. É a edição de número 6 da coleção.



Na França, em junho de 1971, Mickey Parade #990, a 20ª edição da série, foi dedicada a “Mickey contre Pat Hibulaire”.


  1. Curiosidades:

   - Em “Mickey’s Strange Mission”, de 1960,escrita por Carl Fallberg e desenhada por Paul Murray para WDCS #243 a 245, o nome completo do Bafo aparece: Percy P. Percival (No Brasil foi traduzido como Clodovil P. Pedrosa). A história foi publicada no Brasil em Mickey #120 (1962), Disney Especial #79 (1984) e Aventuras Disney #44 (2009), como “A Estranha Missão de Mickey”.
            O nome do personagem aparece em uma foto do Bafo com 10 anos. Estranhamente, na última publicação no Brasil, a legenda da foto, na qual consta o verdadeiro nome do vilão, foi omitida.

                   

            Ainda com relação a esse caso, essa história apresenta um parente do Bafo que o procura para que receba uma herança de U$ 50.000,00, com a condição que ele passe a trabalhar honestamente. O nome desse parente no original é Blackstone P. Percival, e no Brasil foi traduzido como Percival P. Pedrosa, o que gera alguma confusão, visto que Percival (Percy) seria o nome do Bafo no original inglês.

   - Durante a segunda guerra mundial, Bafo foi o mascote oficial da Marinha Mercante Norte-Americana. Porém, o personagem já foi, nos quadrinhos, um espião nazista, em “Mickey Mouse on a Secret Mission”, tiras escritas por Bill Walsh e desenhadas por Floyd Gottfredson em 1943. (No Brasil, essas tiras só são encontradas em Seleções Coloridas Walt Disney 4, da EBAL, lançada em 1946).

   - Bafo já esteve no Nordeste brasileiro: Em “O Tesouro de Lampião”, desenhada por Jorge Kato, o bandido é líder de um bando de cangaceiros que enfrenta Zé Carioca, Mickey e Pateta. Para os que quiserem se deliciar, a história está presente em Zé Carioca #493, de 1961, edição republicada em Anos de Ouro do Zé Carioca #1.

    - Carl Barks desenhou 7 histórias em que o Bafo aparece: Em “The Inventor Contest”, publicada em Uncle Scrooge #28, de 1959, o Sr. Baff de Once, inventor, confronta o Professor Pardal em um torneio de inventos.
            No Brasil, a história foi publicada em O Pato Donald #450 (1960), Disney Especial #1 (1972) e reedições e no volume 14 de O Melhor da Disney: As Obras Completas de Carl Barks.


  1. Personagens correlatos:

- FAMILIARES E COLEGAS

Não obstante ser retratada nas histórias Disney toda uma série de antepassados “famosos” para o vilão, alguns personagens podem realmente ser considerados como pertencentes a seu universo familiar.


·        Tudinha (Trudy Van Tubb) – Tudinha é esposa do Bafo, criada por Romano Scarpa, em 1960. Sua primeira aparição foi em "Topolino e la collana Chirikawa", publicada em Topolino #230 e ainda inédita no Brasil.
Sua primeira história publicada no Brasil foi, muito provavelmente, “A Fórmula S” (Topolino e La Formula Fônica), de 1978. presente em Mickey #332 (1980) e Mestres Disney #6 (2005).
Em suas primeiras décadas, Bafo “paquerava” a Minnie, e Tudinha reapareceu em sua vida, como antiga namorada. Ela é muito inteligente e nas histórias atuais é mostrada como honesta, ou pelo menos não envolvida nas atividades ilegais do Bafo, inclusive freqüentando a casa da Minnie.
Existem quase 400 histórias produzidas com a Tudinha, até o início de 2010, praticamente todas desenhadas na Itália. No Brasil, poucas dessas histórias foram publicadas, menos de 50 até março de 2010.

·        Algatone (Plottigat) – Também criação de Romano Scarpa, Algatone é o primo inteligente e cientista do Bafo. Seu lema é “Conhecimento é força”. Também desonesto, sua primeira aparição foi em “Topolino e Il Pippo-Lupo”, algo como Mickey e o Pateta-Lobo, que foi publicada em Topolino #1102, de 1977.
Até março de 2010, há 60 trabalhos envolvendo o personagem catalogados no banco de dados Inducks, sendo 58 criados pelos italianos. No Brasil, 11 histórias suas foram publicadas.


·        Bafito e Bafildo (Pierino e Pieretto) – Como todos os personagens principais do universo Disney, Bafo também tem seus sobrinhos, levados como o tio.
Eles foram criados em 1991, na história “Topolino e un Favore da Nulla” (Topolino #1879), publicada 6 anos depois no Brasil como “Um Favorzinho de Nada” em Mickey #576. O roteiro é de Carlos Panaro e os desenhos de Corrado Mastantuono.
Há 30 histórias catalogadas com os personagens, até o início de 2010, todas italianas, muitas delas curtas. No Brasil, 8 dessas histórias foram publicadas.
Eles também aparecem na história dinamarquesa “Skandale i Rom” (Escândalo em Roma), criada em 1996 por Janet Gilbert (roteiros) e Joaquin Canizares Sanchez (desenhos), inédita na Itália e no Brasil.

·        Mamãe Bafo de Onça (Maw Pete) – É a mãe do Bafo. Chamada no Brasil apenas de Mamãe Bafo de Onça, estreou provavelmente em “The River Pirates”, escrita por Carl Fallberg e desenhada por Paul Murray em 1968 para WDCS# 336 a 338. Felizmente, no Brasil, a história também foi publicada, em Mickey #198 (1969) e Disney Especial #21 (1976) e reedições, como “Os Piratas do Rio”.
Na história, ela é a lider da gangue de piratas composta também por Bafo e seu irmão gêmeo. Segundo ela, seus filhos são “bons garotos, mas não são brilhantes”, precisando de uma “mãe amorosa e com mãos firmes para guiá-los”.

·        Bafinho (Li’l Pete) – Irmão gêmeo do Bafo, porém com características físicas contrastantes às suas. Baixinho, faz se passar por mulher no primeiro encontro com Mickey e Pateta na já citada “The River Pirates”. Na mesma história, sua mãe o chama também de “Little Pete”, em referência à “Big Pete”, o “verdadeiro Bafo”.

·        Petula – Essa personagem, irmã mais velha do Bafo apareceu, aparentemente, apenas em tiras de 1998. Ela tem um programa de TV e quer se vingar do Mickey por sempre por seu irmão na cadeia.

·        Avó do Bafo – Honesta, esse personagem apareceu nas histórias "Topolino e la nonna di Gambadilegno" (Topolino #1874, de 1991) e "Topolino e il diario segreto di zia Topolinda" (Topolino #1998, de 1994).

·        Vovô Ernesto – É citado na história “A Lenda do Time Perdedor”, de Gianfranco Cordara com desenhos de Lorenzo Cordara, como o sujeito que roubou a taça do campeonato de futebol entre cidades. No Brasil, a história abre o Almanaque Disney #365.

·        Vovô Gambadistagno (nome italiano) – Aparece na história “Gambadilegno e la Rapina Del Secolo”, publicada em Topolino #2518 (2004), tentando abrir uma caixa-forte com um palito.

Vários outros familiares foram retratados nas HQs, de diversas gerações, mas paremos por aqui.


- PARCEIROS DE CRIME

·        Eli Squinch (Eli Squinch) – Cachorro antropomorfizado, Squinch apareceu na época das primeiras histórias do Mickey. Criado por Floyd Gottfredson, debutou em “Bobo the Elephant”, tiras publicadas nos jornais americanos de 1934. Essa história é inédita no Brasil. A Partir da história seguinte (Race to Riches, de 1935) começou sua parceria com o Bafo.

A primeira das suas seis histórias publicadas em nosso país foi “Na Selva Africana”, em O Pato Donald #11, de 1951. Foram necessários 42 anos para que outra história sua fosse publicada por aqui: “O Tesouro do Tio Bujão”, em Almanaque Disney #267 de 1993.
O interessante desse personagem é que, apesar de poucas histórias, apenas 28 catalogadas no Inducks, essas preenchem várias décadas. Eli Squinch teve histórias criadas nas décadas de 30, 40, 60, 70 e 90 do século passado. Nos anos 2000 foram criadas quatro histórias suas, inclusive no ano de 2010.

·        Zé Ratão (Sylvester Shyster) – Advogado brilhante, Zé Ratão, criado por Walt Disney, utiliza seu dom para o mal, quase sempre em parceria com o Bafo. Nessas parcerias, normalmente ele é o “cabeça”.
Estreou em “Death Valley”(1930). Participou de várias tiras na década de 30. Reapareceu em 1950 em “The Mystery at Hidden River” Após um aparente abandono do personagem, a Egmont Creative S/A produziu 13 histórias suas nas décadas de 90 e 2000, demonstrando que deve continuar a usá-lo nas aventuras atuais.
No Brasil, 8 de suas quase 30 histórias foram publicadas. A primeira “O Mistério do Rio” em O Pato Donald #134 e 135 (1954) e a última “A Hipnose” em Mickey #764 (2006)
Uma curiosidade sobre o personagem é que, um pouco diferente do estilo original, ele aparece como advogado do Tio Patinhas em “Race to The South Seas”. No Brasil, a história foi publicada pela última vez em 2008, na revista O Melhor da Disney #37, como “Primo, Você é Que Tem Sorte”.




·        Escovinha/Fuinha (Scuttle) – Escovinha, também chamado de Fuinha, surgiu, aparentemente, em “Captures The Range Rustlers”, história ainda inédita no Brasil, com desenhos de Paul Murray e publicada em Vacation Parade #2. Ele é o grande parceiro do Bafo nos crimes. Atuaram juntos em mais de 400 histórias, criações francesas, americanas, italianas, brasileiras, enfim, de todo o mundo.
Idealizado pelos americanos, acabou adotado pelos franceses, que criaram cerca de metade de suas histórias.
O Brasil é o segundo país com mais publicações de suas histórias, cerca de 230 até o início de 2010. Sua estréia por aqui foi em Mickey #86, de 1959, com “Mickey Contra os Salteadores de Trem”, história de 1957 com roteiros de Carl Fallberg e desenhos de Paul Murray.
O Inducks mostra 18 histórias de Fuinha criadas no Brasil. A primeira delas foi “O Pássaro Perdido”, desenhada originalmente por Paul Murray e adaptada para o Brasil na famosa fase “Zé Fraude” por Jorge Kato. Pintou em Zé Carioca #567 (1962). O primeiro roteiro criado por aqui foi de “O Morcego Voador”, de Ivan Saidenberg, publicado com desenhos de Carlos Edgard Herrero em Edição Extra #56 (1973).
Ele é mais um daqueles personagens com um problema que podemos chamar de “crise de identidade”: Além do nome original, já foi chamado de diversos outros nomes em aventuras específicas, e até mesmo teve seu rosto usado para estampar irmãos na mesma história. Pode-se citar alguns nomes que o mesmo já teve:

- Fumaça: Na história “O Covil do Lobo Zumbidor”, de 1967, publicada em Mickey #184 e Disney Especial #11.

- Pavio Curto (Shortfuser): Na história “A Cilada do Desfiladeiro”, de 1968, publicada em Mickey #169 e Disney Especial #84.

- Zé Lesma: Na já citada história “A Estranha Missão de Mickey”.

- Barney: Na história “Bandidos do Bosque”, de 1961, publicada no Brasil em O Pato Donald #530, Mickey #349 e Aventuras Disney #40.

- Irmão Burrow: Na história “Ossos do Ofício”, Escovinha é irmão do Dundum. Essa histporia, de 1971, foi publicada em Mickey #223 e O Pato Donald #1502.

- Ropey: Na história inédita no Brasil “Captures the Range Rustlers”, desenhada por Paul Murray em 1951, para Vacation Parade #2.

Na história “O Segredo do Pântano” (Mickey #115 e Disney Especial #7), temos Escovinha fazendo o papel de dois irmãos, Escovão e Escovinha (os gêmeos Giboya), que finjem ter encontrado a fonte da juventude e serem avô e neto.
Essa lista de nomes do personagem no Brasil poderia ser mais longa, como na Holanda, país no qual ele já teve cerca de 20 nomes diferentes. Isso só não acontece porque em várias histórias na qual ele é chamado de outro nome lá fora acaba ganhando o nome de Escovinha por aqui.

·        Dundum (Dum-Dum) – Criado em 1957, na história “The Phantom Fires”,  que tem como roteirista Carl Fallberg e desenhista Paul Murray, publicada pela primeira vez em WDCS #200, Dundum é comparsa do Bafo em cerca de 15 histórias apenas. Seu companheiro nos crimes comumente é Fuinha, presente em praticamente todas as cerca de 45 histórias catalogadas com o personagem no Inducks.
Sua aventura de estréia foi publicada no Brasil como “O Fogo Fantasma”, presente em Mickey #135(1964), Mickey #389 (1985) e Disney Especial #114 (1989).
Também aparece com outros nomes, como Dedão e Garra.

·        Chica Nária – É retratada como parceira do Bafo em diversos crimes. Foi criada na década de 80, em roteiros de Ed Nofziger e desenhos do estúdio Jaime Dias.
Ela é uma canária gorda, que já foi desenhada tanto na cor rosa como na cor branca. Alguns a consideram também uma namorada do Bafo, nos “universos paralelos involuntários” que acabam sendo criados pela criação de um universo diferente para o personagem em cada país.
Segundo o Inducks, a sua primeira história seria “Pigeon Police”, publicada no Almanacco Topollino #300 (1981). No Brasil, chamou-se “O Treinador de Pombos”, em Tio Patinhas #234 (1984).
Os brasileiros viram sua participação pela primeira vez em “Pilantras pra Cachorro”, publicada em 1982 na revista Mickey #361. Há 8 histórias suas catalogadas, todas publicadas no Brasil.

·        Al Popone – Gangster parceiro do Bafo, esse personagem foi criado em 1959 por Gian Giacomo Dalmasso (roteiro) e Pier Lorenzo de Vita (desenhos). Sua estréia foi em “Topolino e la Stella dello Sceriffo”, publicada em Topolino #208 e inédita no Brasil.
O personagem teve, aparentemente, apenas 8 histórias criadas, até 1965. Sua única história publicada no Brasil é “O Reino da Pimenta”, em Mickey #170, de 1966.

·        Dexter Dingus – Cientista criminoso parceiro do Bafo que aparece nas histórias mais atuais. Eles não se dão tão bem, mas unem as forças quando o objetivo é o mal.
O Inducks lista apenas 2 histórias com o personagem, criadas pela Egmont (roteiros de Byron Erickson e desenhos de César Ferioli Pelaez) em 1998. Ambas foram publicadas no Brasil em Mickey #611 (2000), com os nomes de “O Raio Derretedor” e “O Grande Roubo de Aniversário”.
        


- FAMILIARES – Goof Troop

A série Goof Trop é conhecida no Brasil como “A Turma do Pateta”. Foi, originalmente, uma série de desenhos animados composta por 79 episódios produzida em 1992.
Quadrinhos baseados na série foram criados nos EUA e publicados principalmente na revista Disney Adventures. Posteriomente, algumas histórias foram criadas na França e nos estúdios Egmont.
Os familiares do Bafo na série são os seguintes:

·        Peg (Peg) – É a esposa do Bafo na série. Nos gibis já apareceu em 12 histórias, quase todas francesas e americanas. Estreou em “Pavlov’s Goof”, desenhada por John Constanza para Disney Adventures #2-12 (1992). Estão catalogadas mais 10 histórias publicadas com a personagem até 1994.

·         Bafo Jr (P.J.) – Filho do Bafo na série. Nos gibis já apareceu em 24 histórias, em sua maioria francesas e americanas. Também estreou em “Pavlov’s Goof”. No Brasil, só é catalogada sua aparição em uma história: “Bom Dia das Mães, Peg!” (Almanaque Disney #322 (1998)).
Como curiosidade, na história “Roman Scandals”, de 1996, P.J. aparece junto a personagens comumente presentes nos gibis Disney, como Mickey, Minnie, Clarabela e Horácio.

·        Matraca (Pistol) – É a filha do Bafo na série. Apareceu pouco nos quadrinhos. O Inducks cataloga apenas duas histórias suas, publicadas em Disney Adventures #3 e #6.

·        Serrote (Chainsaw) – É a filha do Bafo na série. São catalogadas 4 histórias com sua participação nos quadrinhos, estreando também em “Pavlov’s Goof”.


Matéria feita por mim e publicada primeiramente no site Esquiloscans, em junho de 2010.

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